
Estratégias para o desenvolvimento do planejamento urbano das cidades saudáveis: a epidemiologia e tecnologias leves
O ambiente construído, social e econômico afeta na saúde e desenvolvimento local, muitas relações são exploradas em diversas linhas de pesquisa, como por exemplo, questões da saúde mental em especial depressão, ansiedade, suicídio mostraram-se dependente do isolamento social, falta de áreas verdes e de convivência. Através dos dados de estudos epidemiológicos pode-se delinear as melhores possibilidades para o desenvolvimento das cidades e por meio da implementação de intervenções utilizando tecnologias leves em projetos voltados à promoção da saúde. Atualmente a disponibilidade de informações e ferramentas tecnológicas podem ser usadas como aliados na busca por um planejamento urbano que favorece o desenvolvimento de cidades saudáveis, se organizados e disponíveis para a população e gestores através de plataformas e instrumentos acessíveis e de fácil manuseio e compreensão de dados e informações da saúde para o desenho e implementação de políticas públicas urbanas. Este artigo busca refletir sobre quais indicadores de saúde disponíveis devem ser considerados no planejamento urbano para o desenvolvimento de cidades saudáveis, e descrever quais tecnologias leves podem ser implementadas como políticas públicas para melhoria destes indicadores indicando instrumentais para a gestão pública que facilite a tomada de decisões. Um dos novos conceitos de cidade saudável referem como condições principais: a vontade política, conhecimentos interdisciplinares, ação práticas conjuntas e o desenvolvimento coletivo, para tanto mesmo no século XXI tem-se várias questões a serem enfrentadas e resolvidas. A epidemiologia pode ser aplicada como evidências para políticas públicas e intervenções urbanas voltadas a qualidade de vida e bem estar e dar embasamento a investimentos em áreas de convivência, praças e arborização, em especial nas áreas desassistidas e de maior vulnerabilidade social, sendo possível inferir quais medidas preventivas baseadas em dados disponíveis em sistemas como DATASUS, Fundação SEADE, IBGE e outras bases de dados públicos, e através de uma epidemiologia propositiva podem ser utilizadas como fatores de economia para o sistema público de saúde e contribuírem para a equidade e bem estar social, identificando quais dados epidemiológicos podem embasar o planejamento urbano para cidades saudáveis e quais tecnologias leves que se implementadas através de políticas públicas intersetoriais do planejamento urbano previnem doenças e promovem a qualidade de vida, bem como dados de felicidade. O objetivo principal desta pesquisa seria sistematizar quais os modelos epidemiológicos, das tecnologias leves e do planejamento urbano podem ser utilizados no processo de construção da cidade saudável. Serão utilizados estudos bibliográficos e levantamento de dados nas referidas bases de uma determinada região e tentar-se-á a convergência dos dados mais adequados para a vida saudável de acordo com a Organização Mundial Saúde (OMS). Espera-se disponibilizar os dados em quadros e gráficos que possam nortear as gestões públicas das cidades na direção do planejamento urbano saudável.
Integrantes: Ana Maria Girotti Sperandio - Coordenador / Lauro Luiz Francisco Filho - Integrante / Rodrigo Brandini Bloes - Integrante / Pamela Shue Lang Lin - Integrante / Bárbara Bonatto - Integrante.
