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Evento | Fórum Permanente: Cidades criativas

  • adm
  • 15 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Números recentes têm demonstrado o peso e a relevância que a cultura pode ter como elemento de desenvolvimento de comunidades e lugares. Desde a década de 1990 diversas experiências ao redor do mundo têm buscado formas de explorar este potencial. Nos últimos anos, não foram poucas as secretarias de cultura brasileiras que incluíram o termo “Economia Criativa” em seus programas e ações. Entender de que forma cultura, sociedade e economia se relacionam é essencial para o aprimoramento do debate e para a criação de políticas públicas que efetivamente sejam inclusivas, emancipatórias e que promovam o desenvolvimento das cidades. A discussão atualmente se dá em diversos campos de atuação, demandando novas e mais integradas formas de ação. De um lado, está a ideia da “salvação” através da cultura, com índices e dados demonstrando o quanto as ações culturais são economicamente viáveis e vantajosas. Nesse campo, a chamada “classe criativa” não só estaria imune aos desafios colocados pelos processos de automação tecnológica do mundo do trabalho como também conduziria as sociedades neste vale de sombras e desesperança para um horizonte colorido e diverso, promovendo a individualidade e a singularidade de cada localidade frente à globalização. De outro lado, a apropriação da cultura pelos agentes do capitalismo potencializa a segregação e exclusão dos grupos sociais, apropriando-se da esfera pública para acumular mais riquezas e gerar mais desigualdade nas cidades. Nessa visão a cultura é subjugada e transformada em instrumento do capitalismo global, atuando de maneira contrária aos interesses da maioria da população, que serve como combustível para uma máquina perversa de acumulação de riquezas e injustiças sociais. Uma enorme área cinza entre esses dois extremos guarda diversas teorias que se entrelaçam e buscam alternativas para trabalhar de maneira efetiva os conceitos de uma Cidade Criativa. Este evento busca jogar luz sobre as vantagens e desvantagens de ter a cultura como eixo de desenvolvimento das cidades frente aos desafios propostos pelo século 21.




 
 
 

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